Introdução ao Tarot Terapêutico
Ao trilharmos os caminhos da vida, por vezes, nos vemos imersos em questões que desafiam nossas convicções, sentimentos e pensamentos. Nestes momentos, podemos recorrer a ferramentas que transcendem o mero conhecimento objetivo, que permeiam o simbólico, o imaginário e o subjetivo. Uma dessas ferramentas é o Tarot Terapêutico.
O Tarot Terapêutico é uma prática que alia os arcanos do Tarot ao processo de autoconhecimento e autodesenvolvimento.
A diferença fundamental para a leitura de tarot tradicional reside na abordagem: enquanto a consulta tradicional visa predizer eventos futuros, o Tarot Terapêutico enfoca o presente, o autoconhecimento, a reflexão pessoal. É uma jornada de introspecção, um mergulho profundo nas águas do nosso inconsciente.
Sua prática é pautada pelo respeito à singularidade do indivíduo e à sua experiência de vida. Não se trata de dizer o que o consulente deve fazer, mas sim de ajudá-lo a descobrir por si mesmo quais são suas necessidades, desejos e motivações. É um convite para uma reflexão profunda sobre quem somos, o que queremos e como podemos alcançar nossos objetivos.
Através do Tarot Terapêutico, nós nos tornamos os protagonistas da nossa própria história, não mais reféns de um destino pré-determinado, mas criadores conscientes de nosso caminho. É um convite ao auto empoderamento, à autonomia, à responsabilidade por nossas escolhas e ações.
E você, está preparado para embarcar nessa jornada de autoconhecimento e transformação?
Está pronto para desvendar os mistérios que residem dentro de si?
Convido-lhe a continuar lendo e a adentrar conosco neste universo de simbolismos e reflexões.
Vamos juntos, ao encontro de nós mesmos.
Consulta de Tarot Via Formulário
Qual é sua dúvida?
Tarot terapêutico
Podemos ver o Tarot Terapêutico como uma intersecção fascinante de narrativas psicológicas e simbólicas antigas. Este, prezado espectador, não é uma mera tentativa de prever o que está para vir, mas sim uma sofisticada estratégia para desvendar os labirintos da mente humana.
Através da Consulta de Tarot, buscamos conectar os complexos arquétipos encontrados em cada carta do baralho com os cenários pessoais de cada um. Em outras palavras, o atendimento de Tarot Terapêutico não tem por intuito revelar o que o destino guarda, mas sim explorar o universo subjetivo de cada indivíduo.
Na utilização do Tarot Terapêutico, as cartas são espelhos de nosso inconsciente, onde cada imagem pode desencadear reflexões profundas sobre comportamentos, contradições internas e dilemas emocionais. Elas nos apresentam uma linguagem simbólica, rica em detalhes, que traz à tona nossos bloqueios e, concomitantemente, indica caminhos para nosso desenvolvimento pessoal.
Mas atenção, o Tarot Terapêutico não substitui um acompanhamento psicológico formal. Ele é, antes de tudo, uma ferramenta de autoconhecimento, um aliado que nos ajuda a traçar novos roteiros para nossas vidas.
Em uma consulta de Tarot, somos os protagonistas de nossa própria história, atores de um drama psíquico que se desenrola através das cartas.
Portanto, ao buscar um atendimento de Tarot Terapêutico, lembre-se: o objetivo não é desvendar o futuro, mas sim compreender e construir o presente, utilizando-se da sabedoria milenar do tarot para iluminar os cantos mais escuros de nossas psiques.
A viagem do Tarot Terapêutico é uma busca pela compreensão de nós mesmos, um mergulho profundo nos mares de nossa subjetividade.
Tarot terapêutico, inconsciente coletivo e pessoal e Arcanos Maiores
Para entendermos melhor o Tarot Terapêutico, necessitamos explorar um pouco dos arquétipos, inconsciente pessoal, inconsciente coletivo, simbolismos, etc. Acho que foram melhor definidos por Carl Gustav Jung.
O famoso psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica, desenvolveu a ideia e, na maioria das vezes interpretada como “ o que vemos no mundo é muitas vezes um reflexo de nós mesmos”.
Outro conceito está relacionado é sobre a projeção, que é um mecanismo de defesa em que um indivíduo atribui características próprias a outros indivíduos ou objetos.
Em outras obras ele também cita “ Tudo o que nos irrita nos outros pode levar a um entendimento sobre nós mesmos.” Esta frase reflete a ideia de que muitas vezes projetamos nossas próprias características, desejos e medos nos outros”.
Estas definições e complementos podem ser encontradas nos livros de C.G Jung em “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”, “Psicologia e Alquimia” e “Aion: Estudos sobre o simbolismo do si mesmo”.
Nota 1: Para quem quer entender mais sobre os arquétipos, inconsciente coletivo e suas conexões com os Arcanos Maiores e desejam se aprofundar em nosso estudo sobre o Tarot Terapêutico, recomendo que veja, retornem ao menu de nosso site e leiam o conteúdo da guia Arcanos Maiores.
Nota2 : (Em todas as cartas de Tarot, apresentadas neste site, apontamos sempre à qual arquétipo remete ou se associa determinada carta. Você pode verificar facilmente pelos índices de cada post.)
Tarot Terapêutico e os símbolos dos arquétipos
Os arquétipos são símbolos universais e atemporais que residem em nosso inconsciente coletivo, esses arquétipos são padrões de comportamento e imagens mentais que estão presentes em todas as culturas e épocas, desempenhando um papel fundamental na formação de nossa psique e percepção de mundo.
No Tarot terapêutico, esses arquétipos ganham vida através das cartas, cada uma contendo um ou mais símbolos, representando um arquétipo específico que reflete aspectos universais da experiência humana.
Por exemplo, O Imperador pode representar o arquétipo do Pai ou da Autoridade, enquanto a Sacerdotisa pode representar o arquétipo da Mãe ou do Feminino Divino.
Quando uma carta do Tarot é apresentada numa leitura, o arquétipo representado por essa carta se manifesta, trazendo à luz as energias e temas associados a ele. Isso pode proporcionar uma poderosa perspectiva e insight sobre a situação ou questão em análise.
Por exemplo, se numa leitura de Tarot terapêutico aparece a carta da Morte (um arquétipo de transformação e renovação), pode indicar a necessidade ou o início de uma grande mudança na vida do consulente. Nesse caso, o arquétipo da Morte ‘ganha vida’, manifestando a ideia de transformação e transição no mundo real do consulente.
Assim, através das cartas do Tarot, os arquétipos não apenas ganham vida, mas também nos ajudam a entender e navegar melhor o mundo ao nosso redor e dentro de nós, oferecendo uma linguagem simbólica através da qual podemos interpretar nossas experiências e emoções.
Durante uma consulta de Tarot terapêutico, o processo começa com o consulente fazendo uma pergunta ou expressando uma área de sua vida na qual está buscando orientação ou clareza. O tarólogo então embaralha as cartas do baralho enquanto se concentra na pergunta ou situação do consulente. Uma vez que as cartas estão devidamente embaralhadas, são dispostas em uma determinada ordem ou disposição conhecida como “spread”. Cada posição no spread tem um significado específico que contribui para a interpretação geral.
Agora, a carta que aparece para o consulente em uma determinada posição é interpretada em relação à sua posição no spread e à pergunta ou situação que o consulente trouxe. Por exemplo, se o consulente está buscando orientação sobre um relacionamento e a carta dos Enamorados aparece, o tarólogo pode interpretar isso como um sinal de união, amor ou a necessidade de fazer uma escolha.
Além disso, a interpretação das cartas do Tarot depende em grande medida da intuição e da experiência do tarólogo, pois cada carta tem uma gama de possíveis significados. Uma carta não é boa ou ruim por si só; tudo depende do contexto da pergunta e das outras cartas que aparecem na leitura.
Portanto, o Tarot terapêutico funciona, como uma ferramenta, mobilizando os arquétipos presentes no inconsciente coletivo, funciona como uma lanterna para iluminar a intuição e a orientação interior, oferecendo um espelho simbólico das circunstâncias da vida do consulente.
Através deste processo, que envolve a manifestação desses arquétipos universais, o Tarot terapêutico pode proporcionar insights valiosos e orientação prática para ajudar o consulente em seu caminho de vida.
Anteriormente, Jung encontrava a natureza dos arquétipos em sonhos, visões, desenhos e em expressões corporais, por exemplo, danças.
Assim também, o pai da psicologia analítica explorou o conceito de sincronicidade. Ele acreditava que eventos sincroníssimos poderiam indicar atuação de arquétipos.
Carl Jung de fato mencionou o Tarot em seus trabalhos e correspondências, embora não tenha se aprofundado em seu estudo de forma sistêmica.
Uma citação notável de Jung sobre o Tarot pode ser encontrada em uma carta que ele escreveu a uma sra. Eckstein em 1930:
“Os arquétipos (…) se encontram, por exemplo, integrados na representação cabalística dos símbolos que se costumam chamar de Tarot. Trata-se de um jogo de cartas com figuras que datam da época dos gnósticos e que provavelmente têm sua origem no Egito. Essas cartas (das quais existe uma série de variantes) servem para jogar, como nosso baralho de cartas ordinário, mas também são utilizadas como instrumentos de adivinhação, correspondendo mais ou menos à nossa cartomancia. A sequência das imagens do Tarot corresponde aos arcanos do inconsciente; elas representam, por assim dizer, um protocolo dos conteúdos arquetípicos do inconsciente.” – Cartas, Volume II, pág. 404.
Jung via o Tarot como uma representação dos arquétipos encontrados no inconsciente coletivo. Ele acreditava que as imagens nas cartas do Tarot poderiam servir como um espelho dos processos psíquicos internos do indivíduo. Embora Jung não tenha se dedicado extensivamente ao Tarot em seu trabalho, é claro que ele reconheceu o valor dos símbolos do Tarot como uma forma de acessar e explorar o inconsciente.
Grandes diferenças entre os tarôs terapêutico e tradicional
É importante lembrar que estas diferenças não significam que um tipo de Tarot seja superior ao outro. Cada abordagem tem seu valor e pode ser útil dependendo do que a pessoa procura numa leitura de Tarot.
Para esclarecer a diferença entre o Tarot Terapêutico e o Tarot mais tradicional, é importante frisar que o Tarot Terapêutico é uma abordagem de uso das cartas de Tarot, mais do que um baralho diferente. Aqui estão vinte diferenças importantes entre a abordagem terapêutica e o uso mais tradicional do Tarot:
- Enfoque no Presente: O Tarot Terapêutico se concentra no presente e em como você pode melhorar sua vida agora, enquanto a leitura tradicional do Tarot pode se concentrar mais na previsão do futuro.
- Autoconhecimento: O Tarot Terapêutico é utilizado como uma ferramenta de autoconhecimento e introspecção, ao invés de adivinhação.
- Orientação Pessoal: O Tarot Terapêutico é usado para orientação pessoal, ajudando a identificar e superar obstáculos internos. Em contrapartida, uma leitura de Tarot tradicional pode focar mais em eventos externos.
- Equilíbrio Emocional: O Tarot Terapêutico visa promover o equilíbrio emocional e psicológico, enquanto a leitura tradicional do Tarot não necessariamente possui esse enfoque.
- Interpretação: No Tarot Terapêutico, a interpretação das cartas é feita em conjunto pelo tarólogo e pelo consulente, promovendo um maior envolvimento e autonomia do consulente. Em leituras de Tarot mais tradicionais, a interpretação costuma ser realizada principalmente pelo tarólogo.
- Significado das Cartas: No Tarot Terapêutico, o significado das cartas é explorado mais profundamente, incorporando aspectos emocionais e psicológicos. No Tarot tradicional, o significado das cartas pode ser interpretado de forma mais literal ou superficial.
- Negação do Fatalismo: O Tarot Terapêutico nega a ideia de destino predeterminado, enfatizando o livre-arbítrio e a capacidade de mudança do consulente. Já a leitura tradicional do Tarot pode por vezes enfocar a ideia de destino ou futuro fixo.
- Papel do Tarólogo: No Tarot Terapêutico, o tarólogo assume o papel de facilitador ou guia, ao invés de “adivinho” ou “vidente”.
- Sessões: As sessões de Tarot Terapêutico costumam ser mais longas e aprofundadas, com espaço para discussão e reflexão. As sessões de Tarot tradicional podem ser mais breves e diretas.
- Objetivo: O objetivo do Tarot Terapêutico é auxiliar o indivíduo a alcançar equilíbrio emocional e bem-estar, enquanto o objetivo de uma leitura tradicional de Tarot pode ser mais orientado a responder perguntas específicas ou prever eventos futuros.
- Desenvolvimento Pessoal: O Tarot Terapêutico se concentra mais no desenvolvimento pessoal e no crescimento interior do consulente, enquanto a leitura tradicional do Tarot pode se concentrar mais em eventos externos e circunstâncias de vida.
- Responsabilidade: No Tarot Terapêutico, o consulente é encorajado a assumir a responsabilidade por suas ações e seu crescimento pessoal. No Tarot tradicional, isso pode não ser tão enfatizado.
- Uso de Espiritualidade: O Tarot Terapêutico pode envolver um aspecto mais espiritual ou de bem-estar, enquanto o Tarot tradicional pode ou não incorporar esses elementos.
- Interação: O Tarot Terapêutico é muitas vezes mais interativo, com o tarólogo e o consulente discutindo significados e aplicações das cartas juntos. No Tarot tradicional, o tarólogo geralmente conduz a leitura de forma mais unilateral.
- Abordagem Positiva: O Tarot Terapêutico tende a abordar mesmo as cartas mais desafiadoras de uma forma positiva, focando no que pode ser aprendido ou como a situação pode ser melhorada. No Tarot tradicional, algumas cartas podem ser vistas como “ruins” ou “negativas”.
- Uso de Técnicas Terapêuticas: O Tarot Terapêutico pode incorporar técnicas terapêuticas como a psicologia, meditação, visualização, entre outras. No Tarot tradicional, estas práticas não são necessariamente incluídas.
- Contexto de Uso: O Tarot Terapêutico é geralmente usado em um contexto de autoajuda, coaching ou aconselhamento. O Tarot tradicional pode ser usado em uma variedade de contextos, desde entretenimento até espiritualidade.
- Enfoque na Mudança: O Tarot Terapêutico enfatiza a mudança e a transformação pessoal, enquanto o Tarot tradicional pode focar mais na descrição ou predição do estado atual ou futuro.
- Aprendizado e Capacitação: No Tarot Terapêutico, o consulente é muitas vezes incentivado a aprender sobre o Tarot para poder usar as cartas para sua própria introspecção e crescimento pessoal. No Tarot tradicional, o tarólogo é geralmente visto como o especialista que detém o conhecimento das cartas.
- Frequência das Sessões: O Tarot Terapêutico pode ser usado em sessões regulares como parte de um processo contínuo de desenvolvimento pessoal. No Tarot tradicional, as leituras podem ser realizadas ocasionalmente ou quando o consulente tem uma pergunta específica.
Estamos lembrando novamente que nem uma abordagem é superior à outra, tudo depende da necessidade e do objetivo do consulente naquele momento. O Tarot Terapêutico e o Tarot tradicional são apenas duas maneiras diferentes de trabalhar com as cartas de Tarot.
Conclusão
De forma geral, o Tarot Terapêutico se distingue como uma abordagem focada no desenvolvimento pessoal e no autoconhecimento, promovendo um maior entendimento de nós mesmos e de nosso contexto de vida.
Ele se desloca do papel meramente adivinhatório e profético comum em interpretações mais tradicionais, direcionando-se para a esfera da introspecção, reflexão e orientação pessoal.
O Tarot Terapêutico se revela como um instrumento de busca de equilíbrio, uma janela simbólica para o interior da psique, oferecendo vislumbres de nossas motivações, medos, desejos e conflitos internos. Por meio dessa lente, somos capazes de explorar os arquétipos universais que habitam o inconsciente coletivo, trazendo à luz temas ocultos e, assim, promovendo transformações significativas em nossa vida.
Nesse sentido, o Tarot Terapêutico apoia o desenvolvimento de um relacionamento mais profundo e consciente consigo mesmo, agindo como uma bússola para o auto empoderamento e a autotransformação. Ele nos ajuda a reconhecer e aceitar nossas qualidades e desafios, e a ver claramente os caminhos disponíveis para o crescimento pessoal.
E, por fim, o Tarot Terapêutico nos convida a ver que somos os verdadeiros autores de nossas vidas, que temos a capacidade de moldar nosso destino e que as respostas que buscamos estão, muitas vezes, dentro de nós mesmos. É uma viagem de descoberta e, talvez, de revelação. E esta viagem continua… para onde as cartas o levarão?